Experiências fotográficas em filme e outras analogias...

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Na sua bolsa era uma seção do antigo blog Queimando Filme onde os fotógrafos clicam o conteúdo das suas bolsas no dia-a-dia ou só em dia de sair para fotografar, pra compartilhar com todo mundo como se preparam pra gastar seus rolos de filme. Eu prefiro o colete, pois acredito no lema: carregue pouco equipamento e movimente-se mais rápido.

Na minha bolsa (no caso colete) Julio França

Meu nome é Julio França, mas quem me conhece dos círculos mais profundos da fotografia analógica brazuca me chama de DX. Sou publicitário, editor do blog DX Foto Analógica e colaborador aqui do queimando filme. Fotografo com filme desde a época que a fotografia com filme era a default. Demorei muito pra entrar no mundo digital, mas de verdade ele nunca me seduziu.

Eu gosto muito de street photography, mas não retratos porque acho que o certo é pedir autorização e nem sempre estou com paciência pra conversar com estranhos na rua. Prefiro arquitetura, cenas em geral, mas nunca focando em alguém. Uma pena, as vezes. Curto também fazer umas coisas mais abstratas, com texturas, sombras, etc.

Quando pensei em fazer a minha foto com a minha bolsa pensei logo que tinha um problema, pois não carrego uma bolsa de câmera, não no dia a dia. E fotografar a pasta com o notebook, um monte de papel e cadernos de anotação com UMA compacta é bem chato. Resolvi mostrar como é que me armo quando o negócio é sair pra fotografar e aí vai:

  • Colete de fotógrafo de campo personalizado handmade, desenhado pela minha esposa e costurado pela minha mãe. É tipo usar um crachá REPÓRTER FOTOGRÁFICO, ótimo pra mostrar o que estou fazendo e péssimo para street photography (não é nada ninja). Mas os bolsos são tão práticos!
  • Pentax MX com a 50mm 1:1.4, que é a minha primeira câmera séria, que me fez entrar nessa de fotografar lá nos anos 90. Um tanquinho de guerra, pau pra toda obra, e tem cara de câmera de correspondente, acho que ela tem cara de fotografia, vai entender.
  • Uma Lomo LC-A russinha véia de guerra fabricada em 1985 para os cliques mais descompromissados e ninjas. É a minha compacta preferida, só agora com a XA que ela ganhou uma rival (e que rival).
  • Flash tabajara tron, resolve bem qualquer situação mas é tosco, sem regulagens ou frescuras. Pisca uma luz na cara das pessoas, sorte que pode virar a cabeça pra cima, 90 graus.
  • Tripés: um maior e não menos tosco mas é o que tenho e um pequeno genérico de gorilla pod.
  • Filmes: qualquer um, contando que seja o kodak proimage 100. Brincadeiras a parte, gostou pouco de xpro, então de vez em quando clico um chromo, o meu negócio é negativo colorido e pb.
  • Acessórios: sempre carrego o adaptador fisheye pra encaixar na 50mm, pra fazer bagunça e também um cabo disparador e gelatinas rosco pra luzes coloridas no flash. Claro, fita isolante, filtro ND (pra bokeh sob o solzão do brasil, a minha pentax tá com problema na cortina em 1/1000), e outras cozitas más sempre estão nos bolsos para aquela gambiarrinha que se tornar necessária, né?

Enfim, é isso aí. Não é o meu set definitivo, cada saída é uma saída diferente, mas dá pra ter uma ideia de como é andar comigo pra fotografar. E na verdade não dá pra levar umas 30 câmeras a cada saída, né?

Não é todo dia que ando com isso, mas dá pra ter uma ideia de como me armo pra fazer uns cliques. Durante a semana no máximo carrego uma compacta como a Lomo LC-A ou a Olympus XA.

Meu arsenal compacto (tirando o tripé, que é trambolho) e entrevista publicados originalmente no blog Queimando filme Na sua bolsa #30: Julio [dx] França – em junho de 2013.

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