A Supersampler já deve ser conhecida de todos, ela até foi a menina dos olhos (todos os 4) da Sociedade Lomográfica no auge da febre das câmeras plásticas com mais de uma lente no começo dos anos 2000 e eles até a chamavam de Rainha das Câmeras multilentes. Enfim, né, se não conhece vai ler sobre a supersampler aqui.
Suas 4 lentes de plástico tosquinhas captam, cada uma, um pedaço da cena e conseguem criar uma pequena animação, uma sequencia de imagens gravadas no mesmo frame. No começo até parece uma boa ideia, divertida e tal, mas depois de alguns rolos queimados você chega a fatídica conclusão de que a Supersampler é uma câmera bastante limitada e até sem graça.
Mas como a câmera é simpática, tem essas quatro lentezinhas e funciona a corda puxando uma clássica cordinha, não tem como largar ela de lado só porque suas fotos são meio assim, difíceis de se fazer algo memorável, fazer algo sério e não uma bagunça na praia qualquer.
A supersampler modificada, que dizer, picotada
Pensando em acabar com essa chatice o meu amigo Fábio Codevilla, também veterano do grupo LomoBR, resolveu passar a faca na sua Supersampler, assim, só pra ver no que ia dar. A câmera é relativamente barata, na época do dólar baixo qualquer 50 doletas ou uma lomohome do dia garantiam uma na sua mão. Some isso à construção toda em plástico, facilmente modificável, e tá feita uma das modificações mais legais que já vi.
Simplesmente ele retirou os separadores internos de frame das lentes, assim as imagens vindas de cada uma das 4 lentes se misturassem numa coisa doida que parece empilhar quatro imagens ao invés de 4 tiras separadas como a Supersampler original. Pra lá de bacana, principalmente para quem curte múltiplas exposições.
O processo vai de cada um se você se interessou é bom descolar ou um estile extremamente afiado e bastante paciência. Sem contar na mão firme para não arrombar demais a pobre camereta.
Mais fotos muito mais legais
Como resultado as imagens que antes eram separadas como se a foto fosse fatiada em 4 partes iguais agora aparecem misturadas de uma forma doidona, que varia de acordo com a iluminação da imagem, tempo escolhido para a abertura em sequencia das lentes e daquele fator caótico inerente ao jeito de fotografar mais solto e despojado bastante alardeado pela lomografia (apesar de sabermos que não foi ela que inventou essa parada).
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E se você ficou interessado em fazer igual, esteja avisado que é uma modificação permanente. Um vez picotada, sua Supersampler vai ficar assim para sempre.
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